domingo, 28 de outubro de 2012

Antílopes tibetanos se recuperam após ameaça de extinção



A população de antílopes tibetanos, que estão entre os animais com maior perigo de extinção no Himalaia, se recuperou nos últimos 20 anos, passando de cerca de 70 mil indivíduos para 150 mil, diz um estudo sobre meio ambiente divulgado nesta sexta.

Durante 18 anos, analistas do Instituto de Pesquisa Florestal do Tibete recontaram a população do animal, que vive numa altitude superior a 4 mil metros e foi vítima, durante décadas, da caça ilegal, informou a agência oficial chinesa Xinhua.

De uma população estimada em 10 milhões no início do século 20, passou-se para entre 50 mil e 70 mil nos anos 80, embora a tendência descendente pareça ter se invertido nos últimos anos graças a programas de proteção e ao combate à caça ilegal.

Segundo os analistas, a população destes antílopes, da espécie Pantholops hodgsoni, também chamados de chiru, aumentou em um ritmo anual de 7,9% nos últimos seis anos.

O animal foi vítima da caça ilegal porque seu pelo é muito apreciado, por exemplo, para a confecção de um tipo de xale chamado "shahtoosh", que chega a custar US$ 10 mil no mercado negro da China, da Índia e de outros países da região.

O pêlo destes animais é cinco vezes mais fino que o cabelo humano, mais fino inclusive que a lã produzida na região vizinha da Caxemira.

As manadas de chiru podem ser admiradas em viagens no novo trem ao Tibet, inaugurado no último dia 1º. A ferrovia atravessa a reserva natural de Hoh Xil, criada com o intuito de tentar evitar a extinção do antílope.

A ferrovia tem 33 elevações e túneis, já que está no meio da rota migratória que as fêmeas do antílope tibetano seguem todo verão, quando cruzam de um lado a outro a reserva de Hoh Xil para buscar um lugar adequado para dar à luz.

O chiru é um dos cinco animais de estimação dos Jogos Olímpicos de Pequim 2008, de cor amarela e com adornos que imitam os da cultura tibetana.
Entre os principais animais da China em perigo de extinção estão o urso panda gigante, o tigre, o golfinho do Yang Tsé, o íbis, o macaco dourado, o elefante, o gibão, o grou e o faisão selvagem.





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